Reuniões da CPI na Câmara de Guarapari destacam irregularidades no transporte público e na aplicação de multas
A Câmara Municipal de Guarapari sediou ontem (21) duas importantes reuniões para a cidade. Pela manhã, ocorreu a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, presidida pelo vereador Izac Queiroz. A ausência da proprietária da empresa Expresso Lorenzutti, Núbia Lorenzutti, que solicitou uma nova data para sua convocação, marcou o encontro. A CPI decidiu então reconvocar a empresária para o dia 5 de junho.
Na sequência, os vereadores ouviram o supervisor de trânsito José Bomfim Nascimento, que revelou que apenas 16 veículos da Expresso Lorenzutti estão aptos para operar, em contraste com os 75 exigidos por contrato. Ele informou ainda que, durante a licitação, a empresa apresentou uma planilha com 65 ônibus, que foi aceita pela prefeitura. Além disso, destacou que a empresa deveria ter mudado o local da garagem, mas não cumpriu essa exigência. Até o momento, a Expresso Lorenzutti acumulou 1004 multas, sendo que a CPI contabiliza 1177 entre multas e impostos. Segundo Nascimento, a empresa opera irregularmente desde o início de suas atividades.
O vereador Odair Rossi criticou a omissão na fiscalização e informou que acionou o Ministério Público para garantir o atendimento adequado das linhas de ônibus em Guarapari. Ele classificou o serviço da empresa como um “desserviço” ao município e pediu a apreensão de toda a frota irregular.
Em seguida, o secretário Municipal de Trânsito e Transporte, Luiz Carlos Cardoso Filho, foi questionado sobre a frota de ônibus. Ele afirmou que a Expresso Lorenzutti deveria operar com 109 veículos, incluindo 10 de frota reserva, mas que a empresa poderia funcionar com 65% dessa frota mediante um estudo. Quando questionado sobre a continuidade da operação com apenas 16 veículos aptos, Cardoso Filho mencionou atos administrativos, mas ressaltou que nunca foi solicitado a quebra de contrato por nenhum órgão competente.
CPI das Multas: À tarde, a Câmara realizou a reunião da CPI das Multas, na qual três agentes de trânsito foram ouvidos. Anderson dos Santos Viera, Yunes Depes Chamon e Lívia dos Santos Marques explicaram a atuação deles, o processo de emissão de multas, as horas extras e esclareceram diversas dúvidas dos vereadores sobre casos de multas irregulares.
As CPIs terão novas reuniões na próxima semana. A CPI do Transporte Público é composta pelo presidente Izac Queiroz, o relator Max Júnior e o membro Dr. Humberto. Já a CPI das Multas é presidida por Max Junior, com o Professor Luciano como relator e a vereadora Rosana Pinheiro como membro.
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