Bolsas mundiais registram ganhos, com exceção de Hong Kong; ata do Copom e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje
Os mercados mundiais operam em alta, com exceção de Hong Kong que fechou em baixa, à medida que os investidores avaliam a inflação e as perspectivas da política monetária.
Departamento do Trabalho dos EUA divulgará os números do índice de preços ao consumidor de janeiro na quinta-feira (10) e e podem mostrar o núcleo da inflação acelerando para o ritmo mais rápido desde 1982, em 5,9%.
A perspectiva de alta movimentou os mercados de títulos da dívida americana, na Ásia, os rendimentos dos títulos do Tesouro e do governo japonês avançaram, com o rendimento dos títulos de referência de 10 anos subindo cerca de 3 pontos base, para 1,95%.
Em dia de agenda esvaziada lá fora, o investidor fica de olho no balanço do Bradesco (BBDC4), após o fechamento do mercado, que deve apontar lucro próximo à estabilidade na margem e na comparação anual.
O destaque do dia fica para a ata da última reunião do Copom, que elevou a Selic em 1,5 ponto, para 10,75% ao ano. A ata foi divulgada nesta manhã.
O Comitê reforçou a visão de diminuição do ritmo de alta de juros, condicionada à evolução da atividade econômica e balanço de riscos.
“Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, apontou no documento.
Contudo, apontou que “a incerteza particularmente elevada sobre preços de importantes ativos e commodities, assim como o estágio do ciclo, fez o Comitê considerar mais adequado, neste momento, não sinalizar a magnitude dos seus próximos ajustes”.
No campo político, a PEC dos Combustíveis no Senado Federal abre caminho para o governo federal gastar em 2022 até R$ 17,7 bilhões fora das principais regras de sustentabilidade das contas públicas atualmente em vigor.
Caso aprovada, os recursos devem ir para bancar a criação de um vale diesel para caminhoneiros, subsídio para as tarifas de ônibus urbanos e a ampliação do vale-gás, excluindo todas essas despesas das amarras fiscais, assim como ocorreu com o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19.
No noticiário corporativo, após o fechamento, serão revelados os números do Bradesco (BBDC4) e XP (XPBR31). Na noite de ontem, foram divulgados os números de Porto Seguro (PSSA3) e, antes da abertura nesta terça, do Banco Pan (BPAN4).
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