O verde é o novo luxo — e julho é o mês perfeito pra isso

Julho chegou. E com ele, aquela pausa no meio do ano que convida a respirar fundo, olhar para o céu e — por que não? — se jogar no mato. Mas calma: não falo de mato qualquer. Falo dos nossos Parques Estaduais, joias capixabas que oferecem muito mais do que paisagens bonitas. Eles oferecem reconexão.

Enquanto uns fazem fila no aeroporto e outros se atolam no engarrafamento rumo ao litoral, há quem prefira trocar a pressa pelo passo. A pressa de ver tudo por cima pelo prazer de ver cada detalhe de perto. E é nesse espírito que os Parques Estaduais viram protagonistas das férias de julho.

Pedra Azul: É impossível não se emocionar diante daquele gigante de pedra tingido de azul. Lá, o frio dá charme ao desafio das trilhas, e quem madruga tem o privilégio de ver a neblina dançando entre as árvores. Mas atenção: a beleza é disputada, então agende com antecedência. Porque o alto da pedra não aceita improvisos — mas recompensa com vista de arrepiar.

Cachoeira da Fumaça: Em Alegre, o nome não mente. A queda d’água mais alta do Espírito Santo cria uma névoa encantada que flutua no ar. É o tipo de lugar que faz a gente lembrar que natureza também é espetáculo, e dos bons. A trilha até lá é convite ao silêncio, à escuta, ao desapego do 4G.

Itaúnas: Aqui o parque é palco de múltiplas histórias. Tem dunas que engoliram uma vila, forró que resiste ao tempo e trilhas onde a borboleta é rainha. É o mais visitado — e não por acaso. Itaúnas tem o dom de fazer o tempo desacelerar. E a alma dançar.

Paulo César Vinha: Em Guarapari, a natureza pulsa entre lagoas avermelhadas e praias quase secretas. A trilha da Clúsia parece saída de um livro encantado. Já a restinga e suas espécies ameaçadas lembram que estar ali é privilégio — mas também responsabilidade.

Forno Grande: Altitude, floresta densa, onça-pintada registrada (sim, ela passou por lá) e um centro de visitantes que mais parece museu vivo. É o tipo de passeio que planta perguntas: o que estamos fazendo com o planeta? E, mais ainda, o que ele ainda faz por nós?

No fim das contas, os Parques Estaduais são muito mais do que passeio: são antídoto. Contra o excesso, contra a desconexão, contra o cansaço que nem férias de shopping curam.

Neste julho, talvez o luxo verdadeiro seja calçar uma bota, desligar o celular e se perder por uma trilha que nos encontra. Porque a gente só se encontra mesmo quando se permite parar.

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