Violência nas escolas é debatida em audiência na Assembleia Legislativa do ES
Representantes da OAB-ES, Polícia Militar, entidades educacionais e famílias se reuniram na Assembleia Legislativa do Espírito Santo para discutir estratégias de enfrentamento à violência nas escolas. A audiência, realizada na noite de quinta-feira (15), contou com a presença de membros da subseção da OAB de Vila Velha, do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), da Associação dos Amigos dos Autistas, além de vereadores, professores e mães de alunos.
O comandante da Companhia Independente de Polícia Escolar, major Eliandro, destacou que o modelo de patrulhamento escolar evoluiu para um acompanhamento mais presente nas instituições de ensino. Ele mencionou que, desde 2001, ao menos 41 ataques escolares foram registrados no país, e que a Patrulha Escolar trabalha com um perfil de possíveis agressores baseado em sinais como isolamento, mudanças bruscas de comportamento, interesse por armas e aproximação de símbolos extremistas.
O supervisor da Comissão de Educação da Casa, José Roberto Aguiar, alertou para a urgência de protocolos de segurança em todos os níveis educacionais e criticou a banalização da violência dentro das escolas, inclusive contra professores.
A neurocientista Kelly Lopes defendeu a necessidade de canais de comunicação mais efetivos entre escolas e autoridades e alertou para a sobrecarga das instituições de ensino frente à ausência das famílias no acompanhamento emocional e comportamental dos filhos. Ela compartilhou o caso de uma criança de 11 anos que, em rede social, planejava um ataque contra um colega de turma, destacando o papel central da família na prevenção de situações extremas como essa.
Foto: Lucas S. Costa
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