O deputado Callegari se posiciona contra a permissão de visitas íntimas para presos condenados por crimes de violência sexual
Discussão colocou o deputado contra as deputadas Iriny Lopes (PT) e Camila Valadão (Psol).
O deputado estadual Callegari (PL) se posicionou de forma contrária a concessão de visita íntima para presos condenados por crimes de violência sexual. A declaração foi feita durante a sessão da Assembleia Legislativa, gerando um acirrado embate com as deputadas Iriny Lopes (PT) e Camila Valadão (PSOL), que defenderam a manutenção dos direitos dos detentos, inclusive visitas íntimas.
A controvérsia surgiu em meio ao pedido de regime de urgência de um projeto de lei que visa acabar com a visita íntima aos detentos condenados por crimes de violência sexual, como estupro. O deputado Callegari, conhecido por suas posições conservadoras, afirmou que a concessão de visitas íntimas a condenados por crimes de natureza sexual é um desrespeito às vítimas e à sociedade: “O vagabundo comete o crime, estupra uma mulher, estupra uma criança, vai pra cadeia e ainda tem direito a receber visitas íntimas. Isso é uma aberração e um desrespeito às vítimas e a sociedade”, apontou.
Na sequência, as deputadas Iriny Lopes e Camila Valadão manifestaram-se contrárias ao teor do projeto e ao pedido de regime de urgência. Iriny, ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, argumentou que a privação de visitas íntimas pode agravar ainda mais as condições desumanas do sistema penitenciário e afetar a ressocialização dos presos. Camila Valadão, por sua vez, ressaltou que a medida contraria os princípios da dignidade humana, fundamentais para qualquer processo de reintegração social.
Callegari rebateu os argumentos das deputadas, destacando que quem comete crime deve ter ciência das restrições penais: “Chama a atenção as duas deputadas que deveriam ser as mais revoltadas contra os crimes sexuais, nos quais as mulheres são as maiores vítimas, defendendo visita íntima para presos condenados por crimes sexuais, dizendo que precisamos tomar cuidado de tirar mais direitos dos presos, que é uma população já carente de direitos. Pelo amor de Deus, os detentos estão carentes de direitos porque fizeram por merecer, estão carentes de direitos porque cometerem crimes e aterrorizaram a sociedade”, disparou.
Apesar de toda polêmica, o regime de urgência foi aprovado e a proposta deve passar por outras etapas na Casa de Leis, como o parecer jurídico da Procuradoria da Assembleia Legislativa.
Deixe um comentário