Máscaras, fantasias marcam nosso carnaval. Aliás, porque usar estes apetrechos nesta grande festa de rua?
Seu rosto mudou de aparência, sua roupa ficou muito branca e brilhante. Parece até a descrição da fantasia que muitos irão usar neste carnaval, não é mesmo?
Máscaras, fantasias marcam nosso carnaval. Aliás, porque usar estes apetrechos nesta grande festa de rua? A psicoterapeuta Celia Lima afirma que: usar uma fantasia pode estar relacionado ao desejo de representar ou ser outra pessoa, nem que seja por algumas horas. “Querer se fantasiar de rainha ou imperador pode mostrar, por exemplo, o quanto quem usa essas roupas gostaria de ter súditos ou mais poder. O mesmo acontece quando uma moça recatada escolhe uma fantasia ousada para pular o carnaval. Já o uso de máscaras, velhas conhecidas dos foliões, pode sugerir vontade de esconder a verdadeira identidade. Afinal, estar no anonimato pode ser muito confortável quando a pessoa deseja realizar algo que normalmente não ousaria fazer ou dizer”.
Mas, afinal, quem precisa usar uma máscara ou uma fantasia para viver sensações e sentimentos mais amplos e profundos do aqueles que costumamos viver no dia a dia? Ou quem precisa se disfarçar ou esconder a verdadeira identidade para se divertir?
Acredito que a grande parte das pessoas, incluindo eu e você. Nem sempre conseguimos ser verdadeiros, nem sempre conseguimos lidar com nossos anseios e desejos. Tentamos viver uma vida que não é nossa. E quando nos dão a chance, nós nos revelamos verdadeiramente. E para nossa surpresa, a nossa verdadeira aparência, a nossa verdadeira identidade não é tão bonita e cheia de brilho.
Reconhecemos esta realidade ou metemos uma máscara ou uma fantasia para esconder uma realidade dura de enfrentar. A realidade destruída pelo pecado em nós produz: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas (Gálatas 5). Por isso, não deixe seu EU comandar a festa, logo, logo sua festa pode acabar se transformando em tristeza, em decepção e muita dor. O seu Eu pode querer usar máscaras e fantasias para esconder um ser insuportável e destruidor. Deixe o próprio Deus te ajudar nisso. Ele tem os atributos necessários para um desfile verdadeiro.
Veja, os “foliões” Pedro, João e Tiago ao se depararem com este desfile, com a verdadeira aparência de Jesus, disseram: vamos ficar por aqui, o desfile está lindo e contagiante, pois o seu rosto mudou de aparência, sua roupa ficou muito branca e brilhante (Mateus 17). Esses foliões tiveram a alegria e o privilégio de acompanhar o próprio Deus entrando na avenida, demostrando toda sua glória, todo seu poder, toda sua majestade, e sem nenhuma máscara.
Mas, enquanto os três foliões já pensavam em levantar ali um camarote para acompanhar este belíssimo desfile, Jesus revela também seu amor, o seu perdão para toda humanidade. Ele rapidamente deixa a avenida, ele desce e vem ao nosso encontro para nos salvar e para nos proteger do pecado, do mal que está em nós, reestabelecendo assim, a nossa imagem, a nossa vida. E por tamanho amor, nós só podemos festejar com ele, e dizer: Obrigado, querido Deus! Obrigado, Salvador Jesus, o seu desfile de amor e perdão no alto da cruz do calvário valeu nota “Deeeezzz”.
Carlos Kracke
Pastor da Igreja E. Luterana – Congregação “ São Paulo” de Novo Hamburgo-RS
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