O Espírito Santo não conquista os melhores indicadores de segurança dos últimos 29 anos por acaso. Por trás das estatísticas e dos discursos oficiais, há investimento, estrutura e, sobretudo, gente em formação. A visita do vice-governador Ricardo Ferraço à Academia de Polícia Militar do Espírito Santo (APM-ES), nesta terça-feira (18), é emblemática nesse sentido: é quando a alta gestão do Estado desce do gabinete e pisa na base.

Acompanhado por uma comitiva de alto escalão da PMES, Ferraço percorreu as instalações da Academia localizada em Cariacica, conversou com alunos e instrutores, e testemunhou de perto o que os números sozinhos não revelam: a exigência, a disciplina e o preparo que formam os profissionais que, em breve, estarão nas ruas protegendo a população capixaba.

Oficinas de treinamento, estande de tiro, pistas, quadras, salas de instrução — tudo isso compõe o cenário de quem escolheu a farda como vocação. Mas o que impressiona mesmo é o relato de continuidade: segundo o comandante-geral Douglas Caus, a corporação vive seu maior ciclo de investimentos em décadas. Isso não é trivial. Quando a segurança pública vira prioridade real — e não apenas promessa de campanha —, a sociedade percebe. A tropa também.

A presença de figuras como a tenente-coronel Adriana Bravin, comandante da Academia, e da coronel Luciana Ferrari, chefe do Estado-Maior, também reforça um ponto cada vez mais visível: a crescente e qualificada presença feminina nos espaços de comando da corporação.

A visita institucional foi simbólica, mas não protocolar. É preciso, sim, que as lideranças visitem mais as bases, ouçam mais os que estão em formação, e entendam as nuances entre teoria e prática. Quando um vice-governador dedica uma manhã para conhecer de perto a construção do futuro da segurança pública, o gesto importa.

Não se trata de elogio vazio. Trata-se de reconhecer que, para colher bons resultados, alguém está plantando direito. E nesta terça-feira, na APM-ES, o Espírito Santo mostrou que sabe cuidar das suas raízes.