Trump mira o PIX: quando eficiência brasileira incomoda gigantes americanos

O sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, o PIX, virou alvo de críticas do ex-presidente norte-americano Donald Trump, reacendendo uma velha tensão comercial entre Estados Unidos e América Latina. A alegação? Que o PIX, por ser gratuito, público e extremamente eficiente, estaria prejudicando empresas americanas como Zelle, Venmo e operadoras de cartão de crédito.

A afirmação soa irônica: o que deveria ser modelo de inovação e inclusão financeira está sendo apontado como “concorrência desleal”.

💸 Zelle veio antes, mas não é o PIX

A crítica de que “o PIX copiou o Zelle” ignora diferenças essenciais. O Zelle foi lançado nos Estados Unidos em 2017 por um consórcio de bancos privados. Ele permite transferências entre contas bancárias, sim, mas só dentro de instituições conveniadas — e mesmo assim, com limitações de valor, horário e segurança.

Já o PIX, criado pelo Banco Central do Brasil em 2020, é gratuito para pessoas físicas, opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, e alcança todos os brasileiros com uma conta bancária ou fintech. O sistema é público, transparente e tem servido de referência internacional — inclusive para o próprio Fed, que lançou o FedNow em 2023 nos EUA, inspirado no modelo brasileiro.

🇧🇷 Por que o PIX incomoda?

A resposta é simples: funciona.

O Brasil reduziu drasticamente os custos com TED, DOC e tarifas bancárias. Em apenas três anos, o PIX superou cartões de débito, crédito e transferências tradicionais em volume de operações. Ele virou sinônimo de praticidade até nas feiras livres e em comunidades onde o acesso à internet é limitado.

Esse sucesso incomoda empresas estrangeiras que lucram bilhões com taxas bancárias. O PIX, ao colocar o cidadão no centro da economia digital e não o lucro das operadoras, subverte essa lógica.

⚖️ O argumento de Trump

Trump alega que o PIX é uma “prática desleal” por supostamente dificultar a entrada de empresas americanas no Brasil. Sua equipe ameaça abrir um processo de sanções comerciais e aplicar tarifas contra o país. O tom da acusação sugere, na prática, uma tentativa de proteger os interesses privados americanos, e não a concorrência justa.

📢 A resposta brasileira

A reação nas redes foi imediata. Brasileiros defenderam o PIX como um símbolo nacional de eficiência e modernização. Especialistas em economia destacam que nenhum país é obrigado a abrir mão de sua infraestrutura pública para agradar corporações estrangeiras.

Além disso, o Brasil nunca proibiu o funcionamento de Zelle, Venmo ou Paypal — essas plataformas apenas não prosperaram aqui porque não oferecem o mesmo custo-benefício do PIX.

🌎 O que está em jogo?

Mais do que uma disputa sobre meios de pagamento, o embate evidencia um novo capítulo da diplomacia digital global. O Brasil aparece como protagonista de uma solução acessível, moderna e soberana — que inspirou até mesmo países da Europa, Ásia e África.

No fundo, o que Trump chama de ameaça é, na verdade, progresso.

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