Café pode virar tema nas escolas estaduais do Espírito Santo
Pode parecer inusitado, mas é justamente no cotidiano que moram as melhores ideias para a educação. A Assembleia Legislativa do Espírito Santo está analisando o Projeto de Lei 243/2025, de autoria do deputado Alcântaro Filho (Republicanos), que propõe incluir o tema “café” no currículo das escolas estaduais. A justificativa é simples e potente: tratar, em sala de aula, da principal atividade econômica do estado.
Muito além da xícara do dia a dia, o café representa gerações de famílias produtoras, práticas agrícolas que atravessam o tempo e uma cadeia produtiva que movimenta a economia capixaba. O projeto quer levar esse universo para a escola, não apenas em dados econômicos, mas como patrimônio cultural, histórico e ambiental.
A proposta aposta na interdisciplinaridade – história, geografia, ciências, química e até empreendedorismo podem se encontrar numa mesma discussão em torno da cafeicultura. A Sedu ficaria responsável por formar professores, produzir materiais didáticos e promover visitas técnicas.
É um movimento que chama atenção por sua coerência: formar cidadãos conscientes passa, também, por conhecer profundamente o chão onde se pisa. Levar o café para dentro da escola é, talvez, uma forma de lembrar aos jovens que a riqueza do Espírito Santo não vem apenas do solo, mas também da memória coletiva que nele se planta.
O projeto ainda será avaliado pelas comissões da Ales, mas já deixa no ar um aroma de inovação e pertencimento

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