O animal nosso de cada dia: o incrível desejo humano de se parecer com as bestas
O ser humano se diferencia dos outros animais por sua capacidade de raciocinar, ou seja, há no humano uma alma racional que tem o dever de controlar a parte sensível. Porém, alguns tendem a viver como os animais irracionais, pois suas ações são cada vez mais próximas dos bichos. A sociedade contemporânea é sensitiva e isso fica bem evidente nos filmes e músicas que mexem com a cabeça dos mais jovens. As musicas que falam de sexo desenfreado, traição e riquezas são geralmente as mais apreciadas por esta geração.
Agir sem controlar por meio da razão os desejos é se assemelhar aos animais mais baixos e ser apenas instintivo. Boécio nos dá uma reflexão sobre isso:
“Este, preguiçoso, pesado e sempre inclinado ao sono, leva uma vida digna de um asno; seus caprichos, fantásticos e móveis, não diferem em nada dos de um pássaro. Mete-se ele em infâmias e imundas paixões? Ei-lo prisioneiro de desejos dignos de um porco repugnante! Dessa forma, sucede que, se ele deixa de ser homem por ter dissimulado o verdadeiro caráter do bem, incapaz de ascender à condição divina, transforma-se em besta”.
Imagem: Nabucodonosor, William Blake (1757 – 1827)
Deixe um comentário